terça-feira, 27 de outubro de 2009

Tic Tac Vidi Vate


Temo e quero.
Tremo e espero.
Pronto ou não, nasci. Templo ao tempo.
Ele urge e eu a urdir espinhos e flores.

Às mãos recatas: suavidade;
Aos dedos que os ponteiros adianta, causa alarde:
se retalham em dores.

Mas a vida, a vida
A vida é uma colcha de retalhos.
"Mas a vida, a vida
A vida só é possível se for reinventada".
...
E o relogio vai
Tic, Tac;
Nas mãos e dedos
o pique
Nos rostos o plaft;
Vid, Vá-te.
É tempo de viver.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Arqueiro míope


Só sei pensar em pensar
viajar pensamentos
momento por momento
uma vida sem fim, sem rumo, assim
até mesmo sem prumo
E, pra não sucumbir a um só lado
inclino-me bruscamente ao outro, oposto
e aposto que, quando já nao estável estiver ao leste,
quedo me ao sul
sempre e já sem norte
Vagar, vaguear
Arquear-me
no assalto ninja do oeste sem fim
a grama nunca tão verde, o vermelho agreste
o vizinho que em verdade nao existe

Só o nada existe;
Só no nada se é.
Irrompendo, mesmo que tremendo,
Soblevando-se a cada momento
aquele que arde pelo conquistar, palmo a palmo,
o devir, o existir e sua novidade.
...
O mesmo lábio que suave
É ao coração alarde.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

De novo navegar às margens deste inter-Mar


ASSIMETRIA NATURAL

de Lucas Terranova para Wesley, a partir de uma foto sua.

ENTRE A POEIRA SUORENTA E
A SEDENTA VONTADE DE VIVER
PERCEBEMOS A CONECTIVA
FULIGEM FRIA DO CAOS,
A BUCÓLICA SERRA
DE CORAÇÕES DE METAL
OU CARNE...
TRANSITANDO EM NÓS,
EM BUSCA DE HARMONIA!

Wesley Leonel & Lucas Terranova (2°. Ano de Filosofia - FAJE).



Com este poema em parceria (o primeiro que assim componho), volto a postar neste lugar no fluido, pra furtar à nulidade. É trabalho obstetrício de Lucas (companheiro de faculdade), que o compôs, a partir de uma foto minha e comentário à mesma em meu orkut. Participei sugerindo à composição algumas palavras, métrica, acentos, pausas... coisas de wesleyar... Ao que findou com a cara dos dois, no título sempre tão mais difícil de dar. Enfim, está ai. Que, entao, caminhe - que é pra caminhar. Este poema constará na revista virtual editada e organizada pelo colega Lucas: Infinitas Letras # 2, a sair logo logo... em primeiro de novembro. Quem quiser conferir pode acessar: http://www.infinitasletras-revistavirtual.blogspot.com/ , requisitar o valioso arquivo por email ou entrar no blog dele mesmo, através dos meus favoritos.


Bom voltar
À bo'aventura de navegar
a virtualidade crua deste mar.