Quero viajar a lembrança daqueles que,
por motivos outros tantos,
não puderam estar aqui.
A importância
de seus atos se expressa,
entretanto,
nos gestos deste ciclo que agora finda.
Desta vitória somos a orquestra.
E, bela ou não a nossa música, ela agora é nossa.
Quase sempre breve nosso som, mas nunca a luta.
Obrigado pela força, inestimável,
à todos aqueles que tornaram este momento possível.
Queria que todos pudessem estar aqui
pessoalmente
Mas mesmo em pensamento os esqueço quase todos
de tantos são.
Os fatos e mesmo por estar aqui,
isso tudo não me deixa mentir ou esquecer
o peso das mãos de todos pro final de mais uma obra.
Pelo caminho, perdaram-se muitos instrumentistas
outras tantas imagens belas de cancoes
ou madrigais nossas mesmas se esvairam
ao som estrondoso e assustador deste palco do mundo
Ainda assim insistimos
com ímpeto meio torpo, às vezes quase desistente, ou heróico,
imprimir uma cadência
no caos...,
nos sentimentos mais profundos e confusos
nos mais sublimes e belos.
Talvez seja melhor aposta a do metrônomo,
em detrimento do relógio.
Pois bem, com ela fazemos a escolha
mais comum e plenamente humana
pela beleza, pela coragem,
pela transparência,
por nós e por você
A escolha de se dar ao luxo e glória
de escolher - mesmo que por entre tantas peripécias -
um valor que norteie a vida.
Mesmo que este valor valha pouco
ao olhos gananciosos dos bolsos da praça.
Escolher o amor por si mesmo, o que mais te felicitas
e não o que mais lhe felicitam a escolher.
Escolher o amor - leve e trabalhoso;
calmo e gratuito;
compensador e aventureiro;
teimoso e transfigurador.
Escolher tudo
e voçê.
Concluistes o curso, meu caro? Felicidades... sempre!
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