terça-feira, 19 de maio de 2009


Meteoro
À Erinaldo.

Dormir

Um novo dia esperar.
Se é que ele vai chagar.
Pois pode ser que o sol
resolva, benevolente,
nos livrar do inestanque sangrar;
E nos prive,
Deixando de lançar seus raios no horizonte,
pouco belo, nunca nosso.
E que, então, pertencer-nos nunca mais irá.

Esta sorte, assim, nos afogaria
no denso olhar, brumoso,

Da noite densa e envolvente.
Que nunca mais nos negaria
um afago quente e piedoso.
Nossos anseios, de dementes que seriam,

Ninguém a eles negaria,
nunca mais ouviriam um não.

O que seria um sim ou um não,
Que peso teria o mundo e que lima uma faca
Se nesse momento, de tão fraca,
para a vida não coubesse mais existir.


(BH, 15/1/9)


E o amanhã? Ele será? É o futuro o fruto do presente - que aqui se encontra?

Se é assim, veremos...

Se será podre ou, mesmo, se vai frutificar.

Um comentário:

  1. Sobre o futuro como fruto do que vem sendo desenrolado, acho que isso é o que temos notado desde que o homem é homem. Mas pode ser de o sol não nascer amanhã, não é? (Não vou deixar de gostar da ciência por causa disso!)

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